Eu sou assumidamente parcial para fazer o comentário que vou fazer, mas que se lixe.... aqui o estaminé é meu!
Ora, estava a ler as condições de candidatura ao curso de medicina promovido pela UAlg para licenciados:
Quem pode concorrer?
Os candidatos devem ser possuidores de, pelo menos, um diploma de licenciatura ou equivalente legal. Dada a natureza do curso, aceitam-se licenciaturas nas áreas das ciências da natureza (Biologia, Geologia, Química, etc.), ciências da saúde e afins (Medicina Dentária, Medicina Veterinária, Enfermagem, Farmácia, Ciências Biomédicas, etc.) ou ciências exactas (como Matemática, Física e Engenharias).
Eu compreendo perfeitamente as afinidades com bilogia, quimica, medicinas dentária e veterinária, farmácia ou ciências biomédicas. E também compreendia que a psicologia não estivesse entre as áreas abrangidas, se não se partisse do pressuposto que um matemático, um geólogo, um fisico ou um engenheiro esteja mais próximo da medicina do que um psicólogo.
Não que eu estivesse interessada, mas sinceramente fez um bocadinho de confusão estes critérios. Mas quem manda lá terá as suas razões...
Quando se vê os programas do Malato, podem acontecer destas coisas. Estou exactamente agora a descobrir que isabel é uma cor, nomeadamente entre o café com leite e a camurça...
Querem lá ver que tenho que comprar uma camisolinha isabel escuro para combinar com umas calças isabel suave que ali tenho?!
As coisas que eu não sabia.
Voltar ao Alentejo é assim... Mistura-se tudo e o peito parece pequeno para aconchegar o que se sente.
A plana planície perde o equilíbrio e reveste-se de íngremes subidas e descidas, e do sorriso à lágrima vai um caminho demasiado curto.
Não me canso de admirar esta beleza triste, das ruas empedradas de nostalgia, dos nativos dimingueiros nas romarias aos cafés centrais, homens que pulvilham as ruas, enquanto as mulheres prestam o culto religioso seguido dos afazeres para preparar o almoço.
Há um miradouro em cada terra, e por mais que o verde se repita, por mais que as linhas que limitam os vários tons de castanho, se tornem familiares, tudo parece sempre estranhamente novo. Os sons das gentes arrastam as palavras, esticam-nas e tornam-nas mais doces. Os olhos reconhecem os forasteiros e acompanham-nos de forma penetrante, como se de invasores da monotonia se tratassem.
Na brancura das casas reflecte-se a saudade, porque a saudade acompanha sempre o regresso ao passado... a este passado.
... e falta a inspiração, nada melhor do que pegar numa ideia de emails fw, ainda por cima copiada de outro blog, e escrever coisas sem interesse nenhum.
4 coisas sobre mim....
Quatro trabalhos que já tive
1 - O primeiro trabalho, ou não fosse eu algarvia de gema, foi num restaurante, durante um mês. Leonel da Marina de seu nome, na zona nobre da marina de vilamoura. Problemas com colegas (eu, que nunca tive problemas com colegas na vida) ditaram a saída antecipada. O dinheiro foi para erasmuíses.
2 - Como carteira, assim que acabei o curso. Comecei na distribuição de mota, mas rápido se percebeu o asno que eu era na motoreta. Consegui cair umas 3 vezes, todas elas com a mota parada. Mas deve ser o trabalho de que mais me orgulho de ter exercido durante 6 longos e árduos meses. Nunca, na minha vida, tinha trabalhado tanto!
3 - Rapidinhos: telemarkting da TVcabo, dobrar roupa na C&A e formadora dos senhores Doutores os hospitais acerca da aplicação informática (a parte boa era mesmo as viagens e o hotel pagos)
4 - A minha Associação de Saúde Mental do Algarve. É onde estou. O que eu gosto disto!
Quatro lugares em que vivi
1 - Entre a serra e o mar, S. Brás de Alportel, essa bela localidade. Possuídora de um microclima tão fantástico, que de lá só poderiam sair seres humanos superiores. Alguns chamam-nos serrenhos e montanheiros... perdoai-os senhor, que não sabem o que dizem.
2 - Évora, a cidade mais bonita, mágica e nostálgica, tudo num, que conheço. Abençoado Alentejo que acolheu naqueles anos fantásticos de Universidade, e do qual tomei a liberdade de tirar uma costelinha ou duas.
3 - Torino, em Itália. Tempos conturbados, no que ao interior diz respeito, mas sem dúvida uma experiência marcante e inesquecível. Torino significou a janela para um mundo que desconhecia.
4 - Loulé, terra que aprendi a detestar, dada a rivalidade entre montanheiros... ups, perdão, entre seres superiores. Mas que agora gosto por ser um sitio simpático e porque me tem recebido muito bem.
Quatro programas de televisão que via quando era piquinina
1 - Bem, eu papava as novelas todas, acompanhadas de pacotes de bolachas de chocolate (e hoje sofro as consequências de ambos os comportamentos de risco);
2 - O desenhos animados todos dos sábados de manhã, acompanhados de pacotes de bolachas de chocolate;
3 - O Natal dos Hospitais, provavelmente acompanhado por pacotes de bolachas de chocolate;
4 - Ah, via o "babalu, para pensar estou cá eu!", e só não era acompanhado por pacotes de bolachas de chocolate, porque dava à hora do jantar!
(que pobreza de espirito infantil!)
Quatro programas de televisão que vejo actualmente
1- Anatomia de Grey e Conta-me como foi, embora seja dificil visionar séries, dado que nunca se sabe quando vão trocar aquilo tudo, tipo temporadas, episódios, horários;
2 - O Bom dia Portugal, todas as manhãs, religiosamente. Esse eu sei que consigo sempre ver. Os outros telejornais é mais dificil prever.
3 - Zé Carlos, e tudo o que envolva gato fedorento, vips manicures e contemporâneos, assim na mesma onda;
4 - As novelas da noite da SIC.
(sim, eu só tenho 4 canais, também não podia ser assim tão intelectual. Mas atenção, eu leio o Público!)
Quatro lugares em que estive e voltaria
1 - Eu não me lembro de como era lá estar, mas há dias em que certamente voltaria para o quentinho da barriga da minha mamã;
2 - Viena d'Austria. É a minha cidade de eleição. Voltaria só para confirmar que continuo apaixonada por aquele sitio;
3 - Lisboa. Volto sempre a Lisboa, e tenho sempre a mesma sensação quando atravesso a ponte...
4 - Voltaria ao dia em que vi o meu avô vivo pela última vez, só para lhe dizer algumas coisas.
Quatro coisas que me chamam
1 - Isabel. E devo confessar que é muito agradável quando utilizam este nome para me chamar, uma vez que sou dada a alcunhas;
2 - Isabelinha. Eu não sei porquê, dado que de pequenina não tenho nada, mas há realmente muito boa gente a chamar-me Isabelinha. E eu também gosto. É fofinho!
3 - Zabula e toda a infinidade de nomes que daí podem derivar. Um obrigada muito especial ao meu explicador Gilmar, pois a ele devo a alegria desta alcunha;
4 - Menina. Isso é que eu gosto que me chamem menina. Ui, especialmente quando não me conhecem de lado nenhum.
Quatro comidas favoritas
1 - Carapaus alimados, à moda do meu Allgarve, com salsa e alhinhos;
2 - Papas de milho com sardinhas, à moda da minha avó;
3 - Buffet de frutas do vitaminas, com gelatina e iogurte;
4 - Todas as outras comidas, com excepção de borrego e milho cozido
Quatro lugares onde gostaria de estar agora
1 - Noutra latitude e longitude, que trouxesse o verão;
2 - Numa casa com aquecimento... bem acompanhada;
3 - A gastar o dinheiro que tivesse ganho no euromilhões;
4 - Ou então aqui, no palácio da ASMAL, sozinha, a ouvir o oceano pacífico na internet, à espera de um desgraçado que me fez ficar até às 21h e não apareceu!
... mas há dias em que só queria que alguém quisesse "viver" a minha vida!
Quando, um dia destes, à saída de uma sessão de acompanhamento psicológico, a pessoa que estou a acompanhar me agradeceu por a ouvir, eu disse-lhe que era um previlégio ser digna de confiança ao ponto das pessoas partilharem o que demais intimo e profundo têm. É como poder "viver" várias vidas, completamente diferentes da minha. É isso que sinto, no entusiasmo da minha entrada no mundo da psicologia.
Adoro vidas, adoro pessoas. Lembro-me de, desde pequena, gostar de ir a Lisboa, andar nos transportes públicos, no meio de tantas pessoas, poder olhar para elas e imaginar o que está por trás daquela viagem, o que é que fazem, para onde irão, como será a sua familia, o que será que as preocupa, que as faz felizes....
Encanta-me, as pessoas encantam-me...
....
- dobrar roupa durante 5 h não é assim tão divertido como quando brincava com a minha irmã às lojas;
- regressar ao hi5 pode ter a sua graça;
- há pessoas que são verdadeiros testes à paciência;
- é um previlégio poder fazer o que se gosta;
- gosto de dormir com o estore para cima, só para poder ver a claridade da noite na colcha;
- pintar as unhas de cores garridas é giro;
- é possivel pintar os olhos com sombras de 5 cores diferentes e ficar qualquer coisa de harmonioso;
- Bekunis é o melhor amigo do intestino;
- já não gosto de perfumes frescos;
- o nespresso está para os café como o George Cloney está para os homens;
- há, definitivamente, pessoas com quem não se pode partilhar opiniões e ser honesta e sincera;
- é uma espécie de magia ter uma profissão que permite conhecer tantas vidas;
- a importância de gostar de mim, acima de tudo e de todos, todos os dias da minha vida!
- quando se começa o ano decida a triunfar, tiunfa-se!
- pagar contas é mais complicado do que o que se possa pensar...
- ...mas viver à minha custa sabe bem;
- não vale a pena criar raivas e rancores, porque eles acabam sempre por me corroer muito mais a mim do que aos supostos alvos;
- a lei do enterno retorno existe;
- afinal gosto de cogumelos;
- os escalões do IRS são muito dolorosos;
- os carros BMW têm um defeito ao nível da panela de escape;
- Paris é muito mais bonita pela segunda vez;
- andar em cima de saltos altos diariamente é possível;
- tirar 4 semanas de férias seguidas é um tédio;
- silampos é a melhor marca de panelas e ainda por cima é portuguesa;
- quando dou a contagem da luz à edp, a factura é consideravelmente menor;
- as pessoas que trabalham em perfumarias desenvolvem uma patologia estranha, que consiste em por litros de perfume e quilos de maquilhagem de 5 em 5 minutos;
- acordar cedo e ir andar é muito agradavelzinho;
- os produtos da marca dos supermercados são muito razoávelzinhos;
- o cartão do Modelo e do Continente compensa, e o Pingo doce tem os preços mais baixos;
- os camionistas conseguem parar ou fazer andar um país;
- o grupo de intervenção da GNR é muito fixe, especialmente quando se disponibiliza a levar raparigas sozinhas e desprotegidas, à porta de casa;
- mas também há GNR que fazem coisas esquisitas, especialmente quando pensam que não existem civis por perto;
- descompensar no trabalho é inspirador;
- dançar o "dancing queen" por cima dos sofás é bom para descomprimir;
- levar autocolismos das obras para casa pode não ser uma coisa assim tão despropositada;
- vinho da "comenda" é muito bom e inspirador;
- sou capaz de fazer telemarkting;
... to be continued
Tenho algum problema com filmes. E passo a a explicar: tenho dificuldade em fixar as personagens e por vezes dou por mim, a meio do filme, a ainda não perceber muito bem de onde vem aquela gente e o que são uns aos outros.
Isto facilita na manutenção da surpresa, uma vez que não tenho aquela característica (estúpida) que algumas pessoas têm de, ainda está o leão a rugir ou o menino sentado na lua em quarto crescente, e já elas sabem como vai ser a história. E eu gosto quando não percebo logo o filme, facilita-me a concentração e o viver a coisa. Ora, sucede que fui ver "7 vidas" e ao intervalo eu ainda não percebia nada do que se estava a passar. E estava contente assim, a pensar que os 5,70€ estavam a render mais do que o que previa. Eis que, depois de uma rápida ida à pipilândia, volto para o meu lugar com tempo suficiente para ouvir uma jovem adulta, na fila da frente, a contar a história toda à sua família... e a mais quem a não quisesse ouvir, nas redondezas!
Aquilo que podia ter sido uma segunda parte cheia de emoção, foi um simples confirmar de factos. Devia ter exigido que a pequena me desse 2,85€!
Sim, também deveriam ser processadas as revistas que põem na capa, em letras garrafais, acontecimentos importantes para o desenrolar das novelas da noite! No outro dia li, sem querer!
PS: A troca é uma grande filme! (e felizmente ninguém me contou o fim)