Ontem foi dia de ressaca. E qual é a característica da ressaca? Depressão, mas uma depressão daquelas que fazem doer o peito e a alma. Foi tanta que se estendeu ao dia de hoje...
Sinto-me sozinha,
simplesmente sozinha,
com falta daquela pessoa que teima em me fazer esperar.
Apetece-me contar o meu dia de trabalho enfadonho,
a minha formação fracassada,
a minha inquietude com a vida,
com as pessoas,
apetece um abraço com todo o corpo e toda a alma,
apetece o toque,
a energia,
a gargalhada a dois.
Apetece-me não ter que falar para que me compreenda,
e não ter que chorar para que me console, para que me limpe as lágrimas.
Apetece-me que me proteja, mesmo sem eu pedir,
que me dê a mão,
que me compre pipocas
e que me beije na testa....
Apetece-me tanto que até estou a ouvir esta música:
Ora bem, parece que alguém lá do divino me deu a missão de transmitir a palavra, numa área muito importante para o mundo feminino, nomeadamente das mulheres que fazem depilação nas virilhas e não se sentam em sanitas públicas. É este o público alvo do meu post.
Eu, que sou uma desbocada, e não tenho problemas de falar em assuntos que fazem parte do quotidiano, por mais que seja um quotidiano que não é propriamente romântico, tenho vindo a partilhar o drama de quem faz a depilação nas virilhas e fica sem pêlos condutores para o xixi.
Nós mulheres, sofremos bastante na ida às casasde banho públicas, fazendo mil e quinhentas acrobacias para não nos sentarmos na sanita, mas ao mesmo tempo acertarmos no buraco. E isto é já suficientemente complexo quando há os tais pelitos para ajudar a direccionar a micção. Quando não os há, é uma tarefa herculiana.
E vivem-se momentos dramáticos, em que se vão repetindo gestos para ver se algum dia, algum deles resulta.
Assim:
. existe o bambolear da anca, para ver se há algum ângulo mais favorável;
. o controlo da pressão da saída da urina, pois umas vezes parece que a coisa vai mais certinha com mais fluxo, mas outras, a saída suave parece ser a melhor escolha;
. o pegar em papel higiénico e tentar proteger ao máximo as pernas que já vão com o xixi por ali abaixo (no caso de estar de calças, é ainda pior);
. o dizer algumas asneiras, do tipo f***-se, lá está esta m**** a acontecer-me outra vez;
. e no fim, avaliar os danos, ao nível das pernas, das calças, da sanita e nos casos mais graves, do próprio chão!
Sim, todas as pessoas (mulheres) a quem tenho falado desta questão me dizem: "ah também te acontece?! Eu pensava que só me acontecia a mim!" E daí a minha importante missão: Mulheres de todo o mundo, isto acontece-nos a todas!
E lanço o apelo a que, se alguém tiver uma ideia de como resolver esta questão, sem ter que voltar ao tufo piloso na virilha, e que também não envolva algálias, ou tena lady, que partilhe com o mundo, porque, parecendo que não, isto transtorna.