Ora é com surpresa que me vejo de novo em destaque na janelinha do bicho verde. Um destaque sabe sempre muitíssimo bem, mas devo confessar que fico um bocadinho embaraçada, porque os últimos tempos não têm sido particularmente inspirados aqui no estaminé.
Por isso, a quem por mero acaso visita as apoquentações pela primeira vez, recomendo que não fiquem pelos últimas, mas que vão dar uma voltinha lá atrás ou ao favoritos. Isto tudo no sentido de tentar amainar um bocadinho a imagem de adolescente em crise (ou talvez não).
Em suma, muito obrigada pelo destaque!
Post de experimentação desta coisa do "inspira-me". E o desafio era ver posts de há um ano atrás e escrever sobre o que tinha mudado. Ora, reportando-me a Agosto de 2009, relativamente a este a coisa não mudou assim muito. Continuo com sérios problemas em manter a direcção, numa ida à casa de banho depois de fazer a depilação. Já no que ao último se refere, as ressacas estão menos depressivas, e a solidão amainada. Sei que este post reflecte um estado relativamente recorrente, mas de facto, há um tempinho que não o sinto assim. Vá-se lá saber porquê... :)
As férias, quando bem passadas, têm este poder: deixar-nos fisicamente a necessitar de, pelo menos, mais uma semana de descanso, mas psicologicamente tirarem-nos toneladas de cima. Vou no 3º dia de trabalho, mas sinto que vai demorar um pouquinho mais a voltar ao ritmo, até porque ainda ter uma quinzena do silly mês de Agosto, também não facilita nada.
Comecei por dançar, dançar muito e trabalhar bastante também. Dormir no belo do tripartido, tomar o banhinho matinal de água fria, entranhar pó nos pés a um nível difícil de descrever e encher muitas vezes a caneca, especialmente do bom espírito que se vive neste festival. Fui-me cruzando com muitas pessoas, em muitas danças, reencontrei amigos, mas foi essencialmente um tempo para mim, para estar comigo, fora da realidade, exercício que gosto particularmente de fazer, de quando em vez.
Segui para um passeio a dois, com vistas de encher a alma, boas conversas regadas com o vinho da terra, e uma mão cheia de histórias para contar, daquelas que perdurarão.
Desce-se até ao Algarve, para no caos de uma casa por arrumar, se receberem pessoas especiais. Há poucas coisas mais reconfortantes do que passar tempo qb sem estar fisicamente com alguém, e perceber que continua a falar-se o mesmo dialecto, continuamos a partilhar as mesmas histórias e a utilizar o mesmo tipo de humor, por vezes pouco perceptível para os que nos rodeiam. É assim com as simis desta vida. E com os Quadradinhos também! Mais outra mão cheia de coisas boas, que fazem com que não exista vontadinha nenhuma de que este tempo acabe.
Acabou a semana e veio o fim de semana, na terra das mil fontes, com os de sempre, aqueles lá da escola primária. Os que, longe ou perto, próximos ou afastados, são OS de sempre, sempre! O cansaço traíu-me, e de que maneira. Mas não havia forma de não ser bom.
Regressei ainda a tempo de um abraço aos aniversariantes e um belo jantar em família.
E a moral da história: acabei a jornada de férias sem um único dia de verdadeiro descanso, a casa num estado caótico, quase toda a roupa por lavar (e dois vestidos brancos transformados em vestidos azul bebé), mas uma sensação tão boa, mas tão boa... Retemperada pelos amigos, pela família, pelos lugares e pelos sentimentos também, porque não?!
I've got you babe *