Sábado, 12 de Janeiro de 2008
Pois é, afinal até parece que a lei está realmente a mudar velhissímos hábitos. E eu a pensar que não iria passar de mais uma daquelas leis muito giras, mas que servem apenas para confrmar a excepção. E começou mais ou menos nesse registo, porque começar a proíbir o fumo numa noite de passagem de ano, é um ínicio condenado ao fracasso. Mas os dias seguintes vieram demonstrar alguma firmeza, pela qual fico surpreendida e agradada.
É facto, relativamente a este assunto sou totalmente fundamentalista, como já havia escrito algures neste blog. E isto por uma razão que me parece tão simples quanto irrefutável: atentado à liberdade individual. E o engraçado é que os fumadores se servem exactamente deste argumento para defender o sua direito de acender o cigarrito.
Diz Inês Pedrosa na sua Crónica Feminina na Única: "Sem o direito a escolher o seu próprio estilo de vida ninguém é livre". Tem piada que eu, desde sempre que escolhi o meu estilo de vida no que se relaciona com o tabaco, e nunca consegui realmente ser livre para o ter. E agora chamam intolerantes aos não fumadores? Amigos, desde sempre que nós fomos mais que tolerantes, fomos altruístas, cedemo-vos o aparelho respitatório para inalar o vosso fumo em segunda mão, cedemo-vos o cheiro a lavado no cabelo e na roupa, cedemo-vos o nosso conforto ocular. Não chega? Como é possível que agora se queixem de perseguição, como é possível que reivindiquem uma liberdade individual que há tanto tempo nos tiram, e como é possível que em vez de nos acusarem de pidescos, não nos agradeçam todas as décadas de tolerância?
É claro que defendo que os fumadores devem ter todo o apoio por parte do sistema de saúde, e acho sinceramente que assim será mais fácil o fim do vício. Para os que levantam a bandeira da causa fumadora, fumam por prazer e não querem jamé deixar de o fazer, está tudo bem. Felizmente temos um excelente clima para o ar livre, mesmo de Inverno!
De
xCUNHAx a 27 de Janeiro de 2008 às 01:01
Acho que no que diz respeito a algumas questões não nos faziam mal mais fundamentalistas! Aliás, para mim a principal razão pela qual o país se transformou naquilo que é hoje é por falta de fundamentalistas, ou seja, pessoas que sigam até ao fim na procura dos seus objectivos, pessoas que não parem para negociar, quando sabem que aquilo que querem é apenas aquilo a que devem ter direito ...
e damn, sabe bem ir a um concerto na associação em Faro e não sair de lá a cheirar a fumo, com os olhos irritados e com a roupa a cheirar a tabaco!
mandar pitafe acerca da aopquentação