Sábado, 12 de Janeiro de 2008
MAR
mar, que dissolve as angústias e devolve em espuma os pensamentos atirados ao acaso, embrulhados em grãos de areia. Mar, que se deixa rasgar por quem anseia encurtar distâncias entre os seus balanços. Vento que sabe a mar, mar que sabe a sol, sol que sabe a sal, sal que volta ao mar...
BEIJO
percorre todo o corpo sem sair dos lábios, ultrapassa sem pudor as barreiras da pele, arrepia a leve penugem da espinha e aloja-se nos olhos fechados, na entrega da língua a descobrir os movimentos molhados e desajeitados numa dança a dois, nas mãos a tentar tocar muito mais do que a sua superfície permite, e nos corpos colados aquecidos pela simplicidade dos beijos térmicos... quentes.
DESEJO
sentir os membros a entrelaçarem em manobras acrobáticas, a pele a trocar dádivas de sal e água, a profanação dos recantos mais sagrados do corpo e a respiração aflita como se todo o ar fosse insuficiente para encher de oxigénio dois corpos, para lhes alimentar a combustão do desejo
Estes parágrafos aconteceram numa conversa de internet daquelas que valem a pena, onde era dado o mote com uma palavra e o objectivo era escrever qualquer coisa sobre ela. Transcrevo para aqui os meus e deixo no histórico outros muitíssimo bem escritos, mas com direitos de autor :)