E porque este assunto do nacionalismo e do fascismo é do mais fashion que anda por aí, li hoje uma crónica tão óbvia (pela constatação), como interessante. Diz Nuno Pacheco, no Público de hoje, a propósito das apreensões "nacionalistas": ""Primeiro os portugueses, alternativa nacionalista" lia-se numa das tarjas. E o comum dos mortais pensaria logo nas imagens do lado:Afonso Henriques, Dom Nuno, Dona Brites, padeira de Aljubarrota, Marim Moniz, o das fatídicas portas, quiçá Salazar em imagem pré 3ª idade e talvez mesmo a senhora de Fátima com ou sem pastorinhos. Puro engano. (...) Na restante parafernália, nem um mísero traço do revanchismo lusitano ou a ele aparentado. Havia, isso sim, além das armas que servem para matar em qualquer língua, vários livros sobre Hitler, um sobre Gestapo, outra sobre "cultos secretos arianos e a sua influência na ideologia nazi" (...) E muitas t-shirts, com slogans babélicos, uma das quais dedicada às Waffen SS (...) Resumindo: os nossos nacionalistas compraram o mapa errado, equivocaram-se de nação e incorrem em gravíssimo erro geográfico. Com tais Slogans, o lugar das suas cruzadas é numa Alemanha que felizmente já não existe."
Pois...
E que dizer das "bombásticas" (porque parece que nas últimas semanas todas as conferências de impressa prometiam declarações bombásticas, que depois não passavam de bombinhas de mau cheiro) do líder do PNR: Dizia ele, do pouco que me recordo, que no seu partido todos eram bem-vindos, tivessem cabeça rapada, ou uma longa cabeleira, desde amassem Portugal. Então e se tiverem carapinha e aquele sotaque "criolês", também bastava dizer "Eu amo Portugal"?