Costumo frequentemente questionar-me sobre coisas um bocado tolas, que depois andam às voltas na minha cabeça, sem resposta à vista. E uma da perguntas recorrentes, que faço de mim para mim, é: o que é um país? Sim, o que é um país, uma pátria? Será um bocado de terra delimitado por fronteiras? E se essas fronteiras estreitarem ou alargarem? E se, de repente, deixarem de existir? O país deixa de fazer sentido...
Então se calhar é pelas pessoas, é um conjunto de pessoas unidas por uma bandeira e um hino, que roem as unhas e sofrem nos jogos da selecção? Mas há pessoas constituintes do tal país, que não conhecem o hino, mal reconhecem a bandeira e não sabem o nome de um único jogador de futebol...
Será então um espaço político? Se calhar um país é um conjunto de terra e pessoas a mando dos governantes e dos políticos que fazem as leis e decidem, a cada dia, o nosso dia. Mas... assim há que haver terra delimitada por fronteiras para dirigir, há que haver pessoas que partilham hinos e bandeiras para governar... Mas... quem governa foi eleito por essas mesmas pessoas, dentro ou fora desse espaço limitado de terra... E ainda há países e pátrias para os quais nada disto é verdade...
Isto assola-me quando percebo o número de pessoas que morrem em nome de um país, de uma pátria. Perde-se uma vida, que na morte ganha o direito a ser coberta pela bandeira de quem, ou do que, a matou. Rouba-se uma existência em nome de um país, que por a ter visto começar, por lhe permitir um nome e uma nacionalidade, acha-se no direito de lhe pôr um ponto final.
Vi esta foto, e não resisti a continuar a perguntar-me, questionar-me, interrogar-me e acima de tudo, indignar-me!