Não há grande novidade nesta afirmação, mas vou fazê-la na mesma: Adoro gatos... Mais: amo gatos! Acredito piamente que os gatos foram um momento de fantástica inspiração do criador, seja lá ele quem for. E agora que voltei para uma casa cheia destas maravilhosas criaturas, e que trouxe a minha Mina para um novo ambiente, estou de novo apaixonada por tudo neles: os movimentos elegantes, o som das corridas tresloucadas, os olhos que brilham no escuro e que ficam maiores ou mais pequenos conforme o que veêm, os miados, as relações que criam uns com os outros e com os humanos...
A Mina está em fase de adaptação à nova vida. Continua com a sua doença mental ao rubro, mas agora tem comportamentos novos e fascinantes: persegue-me desde que ponho o pé em casa até que saio novamente, sendo que ainda faz algumas tentativas de entrar no carro enquanto me preparo para ir embora. Mal sente o carro a chegar começa a miar e vem ter comigo. Obviamente que se lhe for pegar e dar beijinhos, o tempo de tolerância é de cerca de 2 minutos (em dias bons) até me começar a morder e a arranhar. Mas não me deixa sozinha nunca... Quando lhe apetece vem para a cama comigo, a ronronar e a fazer-me cócegas com os bigodes na cara, mas assim que lhe faço festinhas, passo a linha, e sofro as consequências da minha audácia. Esta é a nossa relação e já nem a conseguia conceber de forma diferente.
É por isto que eu adoro gatos. São eles que impõem as regras das ligações que estabelecem, são intreinaveis, fazem o que querem, quando querem e como querem. Chamam-lhe muitas vezes falsos, mas como é que pode ser falso um bicho que tem a nobreza de se esconder para morrer? Capaz de nunca nos deixar sozinhos, mesmo que não esteja por perto? Com a capacidade de voltar a casa, mesmo sendo deixado a quilómetros e quilómetros de distância? E com o talento de ronronar quando está feliz?
Falsos são os que não sabem amar, e não aqueles que amam de forma diferente :)