Sábado, 22.01.11

Não lhe chamemos adiar. Chamemos antes processo de preparação para... Sair. E não há melhor maneira de explicar o porquê, do que este poema. Repetente, é certo, mas porque de cada vez que saio é tudo isto o que sinto, e até agora ainda não encontrei nada que conseguisse exprimir melhor... (A não ser isto, claro!)

 

(...) Mas enquanto descia a colina,
invadiu-o uma tristeza
e pensou em seu coração:
- Como poderei partir em paz e sem pena?
Não. Não poderei deixar esta cidade
sem uma ferida na alma.

Longos foram os dias de amargura
que passei dentro dos seus muros,
longas foram as noites de infinita solidão;
e quem poderá separar-se sem pesar
da sua amargura
e da sua solidão infinita?

Espalhei por estas ruas
muitos bocados do meu espírito
e muitos filhos dos meus sonhos
caminham nus por estas colinas,
e não posso afastar-me deles sem dor e pesar.

Não é um vestido que hoje dispo;
é uma pele que arranco
com as próprias mãos.

Não é um pensamento que deixo atrás de mim,
é um coração enternecido
pela fome e pela sede.

Mas não posso ficar mais tempo.
O mar que chama para si todas as coisas,
chama por mim e tenho de embarcar.

Porque ficar,
enquanto as horas ardem na noite,
é congelar-se e cristalizar-se,
e ficar preso num molde.

De bom grado levaria comigo
tudo quanto aqui existe.
Mas, como?

A voz não pode levar consigo
a língua e os lábios que lhe deram asas.
Deve lançar-se sozinha no espaço.

E a águia voará ao encontro do sol
sozinha, sem o seu ninho (...)

O PROFETA Khalil Gibran



apoquentado por Béu às 11:49 | linque da apoquentação | mandar pitafe

Quarta-feira, 18.08.10

Post de experimentação desta coisa do "inspira-me". E o desafio era ver posts de há um ano atrás e escrever sobre o que tinha mudado. Ora, reportando-me a Agosto de 2009, relativamente a este a coisa não mudou assim muito. Continuo com sérios problemas em manter a direcção, numa ida à casa de banho depois de fazer a depilação. Já no que ao último se refere, as ressacas estão menos depressivas, e a solidão amainada. Sei que este post reflecte um estado relativamente recorrente, mas de facto, há um tempinho que não o sinto assim. Vá-se lá saber porquê... :)




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